terça-feira, 4 de setembro de 2007

Miles Davis - Bitches Brew (1969)

É com muito orgulho que eu disponibilizo, pra vocês, clientes amigos, um dos melhores discos que já escutei em toda a minha vida.

Até escutar "Bitches Brew", eu achava o jazz bacana, tinha alguns álbuns e era fã de alguns caras. A minha admiração vinha, tirando algumas exceções, do lado técnico desse estilo musical.
Quando escutei esse disco, comecei a enxergar a poesia, a interpretação e o sentimento do jazz. Aquilo não era o jazz que eu conhecia, era diferente. Agora, imaginem o que não foi o impacto disso em 1969.

Miles Davis já tinha pisado e "avacalhado" (revolucionado) o jazz algumas vezes mas, naquele ano, "perdeu a linha". O gênero não via com bons olhos o rock, que começava a beber do jazz (o que mais tarde iria dar no Rock Progressivo).

Miles, então, cansado da mesmice estética que o jazz se encontrava, resolveu misturar tudo e criou um novo estilo de jazz, o Fusion. Trouxe elementos de música africana, blues, música latina e, principalmente, do rock, tão temido pelos puristas.

Com um time sensacional de músicos (Wayne Shorter, Chick Corea, John McLaughlin, Airto Moreira, entre outros) e explorando o limite de cada um, Miles fez o jazz virar uma música capaz de emocionar qualquer um, desconstruindo e construindo inúmeras vezes o estilo. Chega de palavras, vamos à música.


Tá fresquinho, Madame. Vai experimentar?

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